terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Crianças e Corações

     Hoje eu posso dizer que corações são como brinquedos. Eles podem se diferenciar por fora, tendo as mais variadas formas e cores, mas por dentro carregam uma única missão: fazer uma criança feliz. Também digo que o coração tem uma grande vantagem em relação a um brinquedo: por mais que um coração seja maltratado por fora, perca pedaços pelo caminho, enquanto se tratar de um coração vivo, e batendo, ele ainda ainda será o seu bem mais precioso, e tal qual, não terá menos importância do que antes de ser machucado. Quero dizer que por piores que sejam as condições em que o seu coração se encontra, ele ainda será útil ao satisfazer as necessidades de muitas outras almas, ou crianças, procurando um motivo para sorrir.
     Triste seria se nosso coração entrasse em desuso na primeira vez que alguém o quebrasse. Aquela sua paixãozinha não correspondida na pré-escola, que não hesitou em dizer que gostava de outra pessoa, e não de você. O ídolo adolescente que você alimentou esperanças de um possível namoro com ele, planejou o casamento, nomeou os filhos, mas depois percebeu que na verdade era uma utopia, já que ele sequer sabia da sua existência. A professora que te via como um filho, quando você a via como pretendente. Todos já tiveram alguma vez alguém que de certa forma levou um pedaço do seu coração embora, mesmo que sem querer.
     Então, quando alguém pegar seu coração emprestado, e devolvê-lo faltando partes, mal-cuidado, quase que esfacelando em suas mãos, lembre-se de que ele ainda está batendo! E se bate, é porque sua essência e principal função ainda foi conservada, não importando em que estado ele se encontra, se perfeito, intocado, ou totalmente molestado a cargo de pessoas que não souberam cuidar bem dele. Sempre haverá uma alma pura e humilde, que não se importando com as aparências, tomará seu coração como bem mais precioso, como se não houvesse outro igual ou melhor. E quanto pior ele estiver, mais sincero será quem o aceitar. Porque as verdadeiras crianças são assim, não querem o brinquedo mais bonito ou o mais caro, e sim aquele que lhes arranque mais sorrisos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Seleção Natural

     As ondas urbanizadoras atuais e do período da Revolução Industrial carregam características semelhantes, embora separadas por décadas. Ambas apresentam caráter desenvolvimentista, porém em um cenário caótico que persiste através dos anos. Nos tempos de Revolução Industrial, estava ocorrendo o êxodo rural, indústrias surgiam - ainda que descompassadamente - por quase todo o mundo, ao menos nos países considerados potência da época. Uma grande massa trabalhadora se mudava para a cidade, e embora não tivessem condições de se manterem nos centros, a cidade era onde o desenvolvimento residia, portanto era destino certo para quem quisesse desfrutar das vantagens dos "novos tempos" que estavam por vir. As disputas pelo poder tiravam o foco do governo dos problemas que poderiam ocorrer com a urbanização desenfreada, sem controle, e com a mínima infraestrutura.
     Um grande contingente populacional se estabelecia na cidade, e como não havia estrutura para que todos vivessem em condições ao menos HUMANAS de vida, rapidamente as DESvantagens da cidade deram as caras.Assim o caos se arrastou, com poucas medidas que contivessem esses problemas, ou que melhorassem a situação de quem optava por viver nos centros urbanos. Hoje, vemos que a miséria, as condições de sobrevivência, as mazelas da urbanização perduram até os dias atuais, onde essa desordem tomou proporções tão grandes que se não irreversíveis, de quase utópica resolução.
     É comum ver cidades com graves problemas de saneamento básico, violência, transporte público, segurança, e o que mais de ruir provier da má administração de suas ocupações. Países ricos mas que ainda assim pouco se importam em sanar esses problemas, apenas procuram maneiras de disfarçá-los. Enquanto a parte rica da população desfruta das mais variadas regalias, outra parte padece sob o espectro da pobreza, ouvindo promessas de que tudo irá melhorar, sem saber que a seleção natural irá eliminá-los sorrateiramente.
     No entanto, não se pode culpar a Revolução Industrial, os incentivos de urbanização, pelo caos que se instalou durante os anos. É inegável que o desenvolvimento, a vida na cidade, trouxe muitas vantagens para o ser humano, mas agravou problemas que antes eram insignificantes.  A ganância do ser humano é que fez com que a história tomasse rumos diferentes, rumos que beneficiaram poucos e prejudicaram muitos. A desigualdade social é mais uma das heranças dos tempos de Revolução, quando os que detinham a máquina e o capital enriqueceram, e os que tinham apenas a mão-de-obra a oferecer, foram explorados e de certa maneira obrigados a viverem em condições sub-humanas de existência.
     Assim, vive-se em um cenário desolador, onde quase não há esperanças para o futuro. O ser humano está cada vez mais egoísta, procurando tirar vantagens em qualquer negócio, sem se preocupar com as consequências que isso possa trazer a outras pessoas. O grito de desespero dos que sofrem esse martírio é silenciado pelas autoridades e por aqueles aos quais não interessa que essa situação seja revertida, só lhes resta rezar por um futuro melhor - ainda que seja uma manobra quase inútil. A "raça" dos mais pobres está fadada à extinção, mas não porque estes se tornarão ricos, e sim porque a maior dádiva que poderão receber daqui pra frente, será a morte.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Atentado à vida

 Foto "The Terror of War" de Huynh Cong Ut, 1972, mostrando uma garotinha fugindo durante um ataque norte-americano na Guerra do Vietnã. 
"Em oito de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registrou a famosa imagem. Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele. Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com 2 filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO. "



Jovem solitário e desarmado invade a Praça da Paz Celestial e anonimamente faz parar uma fileira de tanques de guerra em junho de 1989 em meio ao Massacre na Praça da Paz Celestial.
"Ninguém sabe seu nome, mas ele fez história. Ficou na frente de um tanque que vinha para reprimir os estudantes em protesto na Praça da Paz Celestial, em Pequim. O motorista tinha permissão de atropelá-lo, mas não o fez. Sua identidade e seu paradeiro são desconhecidos até hoje."


 Genocídio em Ruanda em 1994.


Uma mãe e seus filhos atravessam um rio no Vietnã do Sul para escapar do bombardeio dos EUA. (1965)

 
As tropas americanas arrastam o corpo de um soldado Vietcong em Bihh Tan, sul do Vietnã, em 1966.


Matança de palestinos refugiados no sul do Líbano. (1982)

E ainda há quem apoie a guerra, a violência.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Vem, vai e volta

Vira mês
Vira estação
Eu aqui pensando em você
Vira talvez
Vira horário de verão
E eu AINDA pensando em você

Viro noite
Viro madrugada
Eu volta e meia quero voltar
Vira meia-noite
Vida meio aguada
Volto com os pensamentos no lugar

Veio a manhã
Você não veio
Diz se já posso esquecer
Viro sua fã
Vira devaneio
Pensar que poderia acontecer

Volta e se vai
Vem, vai e volta
O mesmo paradigma de você
Vem não, sai!
Vira revolta
Não poder esquecer

terça-feira, 11 de outubro de 2011

melhor ficar sem título mesmo

Cada lágrima que eu derramo
Está levando consigo uma parte de mim
Não sei mais a quem chamo
Se quem abracei, nele também me perdi

Hoje não sei dizer se presto
Se estou valendo mais do que meu amor
Na verdade ainda espero
Mas esperarei apenas até o sol se por

E a noite cai como uma luva
Pretendo me esconder enquanto está escuro
Estou gritando mas ele não me escuta
Não o culpo, ele não pode me ver
Pois estou bem atrás desse muro
Que uso pra me proteger

Reluto em seguir com os pensamentos
Pois eles me levam a você
Sabe dos meus amores, ouviu meus lamentos
Sabe o que estou tentando esquecer

Hoje não sei dizer se me ajudou
Queria não ter encontrado seus lábios
Eu sei que alguma coisa mudou
Pra onde dirigirei meus passos?

É só imaginar,
Pra quantos minhas palavras irão servir?
Já era de se esperar
Que muitos tivessem se enxergado aqui

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Concepções

Eu mudo o tom, mudo a cor
Mudo minha concepção sobre esse tal de amor
Será ele infinito?
Será ele único?
O amor é pra ser ou tem sentido?
É pra ser contemplado ou vivido?

Dizem-me os amantes
Que amor é bicho sem pé nem cabeça
Que não é o mesmo de antes
Hoje, amor não põe a mesa

Então pra quê tanta especulação
Se amor não alimenta, não faz viver
E viver é nossa única preocupação
Por que o amor temos que entender?

É certo que queremos ser amados
Todavia até que ponto conseguimos amar?
Se entre liberdade e sermos mimados
Escolhemos poder voar

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Olá, Setembro! Setembro?

"É uma conclusão precipitada
Seu amor é uma ilusão
E a imagem está começando a desaparecer"

     Acho-me no direito de postar um trecho da música que estou ouvindo, sem ser interpretada como indireta pra ninguém. Bom, se me permitem continuar, sem julgamentos precipitados ou algo tipo, vou dar um sentido ao título deste texto!
     Estou um pouco atrasada, admito, afinal já estamos no dia DOIS de Setembro! Sei o quando já se tornou clichê falar isso, mas estou com uma necessidade louca de dizer: O TEMPO ESTÁ PASSANDO RÁPIDO DEMAIS! - Pouco tempo, muita coisa pra fazer. Na verdade, o tempo é o mesmo de 10 anos atrás, mas as preocupações são outras - se é que eu tinha alguma preocupação nos meus lindos 7 anos de idade. E pensar demais, além de gastar energia, toma horas do seu dia sem que você perceba. Pois é, eu já até me esqueci do significado da palavra "tédio".
     Resolvi tirar (mais) uma semaninha pra escrever, pra tocar, cantar, ter uma vida social... enfim, coisas que me fazem bem, e das quais eu já estava com  saudade. Porém em breve volto pra minha rotina: escola > casa > almoçar > estudar > jantar > dormir > escola > etc, etc. Eu só queria comentar que o tempo está me deixando para trás, ou pelo menos meu subconsciente anda me boicotando, pois hoje AINDA é sexta, e eu achei que fosse quarta, sinceramente. Digo "ainda sexta" pois no meu mínimo descuido posso piscar e já estar no sábado.
     Pois é... os dias estão passando rápido demais, e estamos vivenciando cada vez menos esses dias. É hora de aproveitar o tempo "livre" para realizar seus desejos, não deixar pra amanhã porque o seu amanhã já pode ser Outubro, ou 2012, e... peraí! Em 2012 tudo acaba!!! Essa é uma visão consoladora das coisas. Pra quê adiar essa correria que é a vida por mais 50, 60 anos? Se o mundo acabasse em 2012, toda a população exterminada, tudo seria tão pleno e...
     ... e aí que eu já acreditei nessa de fim do mundo há uns 2 anos atrás, e não rolou. Triste. Prefiro acreditar que vou encontrar uma maneira de tornar útil até o último segundo dos meus dias. Porque já estamos em Setembro, e eu me lembro de Agosto como se fosse anteontem. Preciso me acostumar com essa fugacidade que a idade traz.



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

eu não ligo

Já perceberam que estes versos não são sobre mim
Só não quero que pensem que é para alguém
Eu não quero te machucar, nem quero te ferir
Tudo que eu quero é te ver bem

Podem achar que mal sei das coisas da vida
Mas tudo o que eu preciso, eu já sei: de você.
E ultimamente tenho me sentido muito ressentida
Por não poder te olhar, e te dizer

Como eu queria que acreditasse em minhas palavras
Ou que ao menos soubesse de sua existência
Eu sei que você nem está em casa
Mas farei juz à minha persistência

E acreditar talvez seja tudo de que preciso
Pra que estes textos façam alguma diferença
Se eles rirem, meu amor, eu não ligo
Porque não há nada pior que a sua indiferença

Te quero bem.
E sim, talvez eu fosse mais além.
Mas eu só quero te ver bem.
E eu não quero mais ninguém.
Não aqui.

"Posso te encontrar na encruzilhada,
ou em algum ponto da linha do trem
Mas meu amor, eu já estou cansada...
De te ver
e não querer
mais ninguém" - Essa Cidade.

Quando Se Amar

Hoje crio teorias pra escapar da dúvida
Pois as estatísticas nunca mentem
Já meu coração, volta e meia se culpa
Por ter ancorado no meu consciente

Mas e você, que de tão covarde
Entregou-se diante da pressão do mundo
Acha que agora já está tarde
Pra voltar atrás e mudar seu rumo

Quando é que vai parar de se enganar?
Conta tanto vantagem de si mesmo
Mas não revela porque está a chorar
Prefere sozinho, carregar todo o peso
A ser digno de confessar...

Não é a mim, nem a ninguém que deve
Explicar seus porquês e suas lágrimas
Mas pra quem tanto se descreve
É ironia o fato de que mal se conhece

Seu medo de descobrir quem realmente é
É maior do que o desejo de ser feliz
Pois a única coisa na qual depositou fé
Você deixou escapar, e foi por um triz

Quando é que vai parar de se odiar?
Sabe que tem tanto de bom guardado
Mas se sabota para não acreditar
Você sabe que só será amado
Quando se amar.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Conforto Da Inexistência

Pra que se quer ter tudo
Se é mais vantagem não ter nada?
Quer abraçar o mundo
Corre o risco de ser rejeitada

Melhor ainda seria não existir
Teria a mais pura felicidade
Sei que iria conseguir
Alcançar a sua única verdade - eternidade

Pois se quer fazer sofrer
Condene à pena de vida
Seu colo não irá amortecer
A dor da despedida

Aguerrida! Porque viver é lutar
E quem luta sangra, fere
Não há escolha certa: persistir ou renunciar
Há apenas a decisão de quem gere

Quanto menos se quer
Maior a certeza de paz
Inexista enquanto puder
Pois viver é querer demais

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Borboletas

           Todos os dias as borboletas vêm me visitar. E elas me rodeiam, cantam no meu ouvido, murmuram segredinhos alheios. Apenas segredinhos, e eu não vou espalhar! Ah, só Deus sabe como me faz feliz quando me envia uma dessas. Em suas mais diversas cores e formas, elas não têm medo de se aproximar. O dia em que decidirem não mais me acompanhar... guardo para mim o que isso poderia me causar.
            E ontem, que quase sufoco uma dessas em meus dedos. Só porque não era atrativa aos olhos humanos exigentes, acaba por assustar. – Mate-a! Pegue-a! Não a deixe escapar! - Tão inocente a borboletinha, há de ser vítima da perversidade dos que não a entendem. Pego com todo cuidado, como se segurasse meu coração, liberto-a mas não consigo ter certeza de que esta sobreviveu ao rigor da minha atitude. Não tive escolha. A culpa me aflinge por mais alguns minutos até que outra dela vem até mim. Vem avisar que não preciso me preocupar. Um alívio, ora pois! Vou-me embora.
            Eu e meus devaneios... não deixo de pensar na possibilidade de que elas venham à mando de alguém que não pode vir até mim. Incumbidas de me avisar que está tudo bem com ele lá em cima, e talvez encarregadas da missão de me tirar alguns sorrisos sinceros. Posso dizer que está funcionando muito bem e que... – ah, que petulância a minha imaginar estas coisas! Devo apreciá-las e agradecer por sua companhia, apenas isso.
            É com um misto de alegria e tristeza que observo minhas borboletas partirem. Triste porque sua companhia me fora tão útil, que não quero deixá-las irem assim, sem mais nem menos. Alegre porque sei que amanhã elas voltarão novamente. E estou contente. Elas vêm, inesperadamente, e levam de mim, sutilmente, qualquer motivo que possa me tirar lágrimas dos olhos.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Soneto nº4

Diz que felicidade não tem preço
Dinheiro também não compra a verdade
Ao menos da última eu agradeço
Sabe-se que verdade é raridade

Decerto que prefiro ser eu triste
E genuíno e autêntico, e digno...
Do que ter a ventura que te assiste
Ideal e fugidia, no mínimo!

Pois te contenta com tua mentira
At diem' que a justiça se fará
Carpe diem, ela não faltará!

Verdade que incita tua ira
Fortuna da qual posso me gabar
Não te pertence nem pertencerá

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Com ou sem armas?

     As autoridades brasileiras não economizam palavras ao discursar a favor da Campanha do desarmamento. Muito se alardeia sobre esse assunto, mas pouco se sabe sobre os efeitos dele, talvez porque realmente não haja nenhuma mudança significativa em relação aos índices de criminalidade e violência, por exemplo, cujas diminuições eram alguns dos objetivos dessa campanha.
     Está mais do que claro que é uma grande mobilização que não traz resultado algum, e que toda essa expectativa está relacionada a objetivos que desconhecemos. É de praxe aqui no Brasil que operações importantes aconteçam por debaixo dos panos, sempre cobertas por promessas e discursos que iludem facilmente a população. Como nessa campanha do desarmamento, sabe-se que a maioria das armas responsáveis pelos danos, mortes de inocentes, assaltos à mão armada, estão nas mãos de marginais, e foram adquiridas ilegalmente. Armas que não serão devolvidas ao governo, logo, a ideia de que devolver sua arma poderá amenizar essa situação de extrema violência, não passa de um placebo enganoso.
     Essas armas que a campanha pede para que sejam devolvidas foram compradas por brasileiros que se sentem fragilizados em relação ao sistema de segurança de seu país, e procuram uma outra forma de defesa caso se sintam ameaçados. Em uma nação onde a polícia corrupta faz vista grossa para diversos problemas, onde a justiça está se tornando cada vez mais rara e ineficiente, já se tornou comum o ato de praticar a justiça com as próprias mãos. Não é errado poder ter o direito de se defender, e estão querendo tirar isso da população também!
     E se um dia precisarmos pegar nossas armas para fazer uma revolução, em prol dos nossos direitos? Todas elas estarão nas mãos do governo, que poderá nos repreender sem muito esforço. No mínimo, caso isso não aconteça, perceberemos que os bandidos que nos assaltam nas ruas são os mesmos ocupando altos cargos políticos, que usurpam nosso dinheiro sem ao menos precisarem sair de suas poltronas confortáveis. Somos prejudicados com ou sem armas.

*Minha redação pro Simulado do Enem, tema "Campanha do desarmamento", obg

domingo, 29 de maio de 2011

algumas verdades

Lágrimas são apenas lágrimas, qualquer um chora. Qualquer um faz promessas, palavras são só palavras. Poucos cumprem. Muitos querem muita coisa, ou poucas coisas que significam muito, mas poucos fazem por merecer. Muitos dizem que vão mudar, muitos te elogiam, muitos dizem que você é especial, mas esses mesmos Muitos dizem a mesma coisa para muitas outras. Todos querem ser amados, mas mal conseguem amar eles próprios. Muitos têm opinião formada, mas a maioria deles é hipócrita. Muitos vivenciam bons momentos, mas os descartam como se não tivessem tido a menor importância. As lembranças são apenas lembranças pra alguns, é passado para outros, é dor para poucos. Todos têm um coração, mas poucos sabem usá-lo; entregam o coração na mão de qualquer um, depois muitos reclamam, muitos sofrem.
Muitos tentam ser tudo e acabam sendo nada.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Soneto nº3

Se a ruína me ativesse amanhã
Entregaria-me de imediato
Em meio às dores que me atingem sã
Aqui suplico por esse arremato

Ao menos tenho argumentos plausíveis
A defenderem esse apelo incessante
Motivos tão nobres, de tão sofríveis
Deus há de perdoar esse desplante

Eximir-me dessa aflição não é
Nem de longe o meu mais triste pecado
Pecado este que mantém minha fé

Luz essa que permeia o acovardado
coração que levou um pontapé
Vá logo embora, torne-o emancipado

Baseado na crença de que um coração ferido só irá curar-se por completo quando toda a "vida" que ainda resta nele não existir mais. Se o coração para de bater, para de doer. Não se deixe enganar, há muita esperança nesse poema!!!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Já não te enxergo mais

A vida me ensinou a não olhar para trás
Então agora observo pelo reflexo do espelho
Mas já não te enxergo mais
Perco o medo e me vejo
As cicatrizes já estão curadas
Cada pedaço de mim está em seu devido lugar
De quando fui ferida por suas palavras afiadas
Nada como o tempo para me fazer sarar

Todo vestígio seu foi apagado da minha história
Não há mais nem a sua sombra por aqui
Presa em você eu enxergava lá fora
E rezava pelo dia em que poderia sair

Me descobri mais forte do que imaginava
Eu sangrava mas me sentia mais destinada
Pois não podia ficar onde estava
O tudo virou nada
Você enfraqueceu e não pôde me conter
Tapei meus ouvidos ao te ouvir gritar
Coisas que poderiam me machucar
Eu podia tudo menos voltar

Fui prisioneira da sua fixação
Sacrificou meu coração
Isso de novo, não
Agora sou livre novamente
Feliz e consciente
Do mal que me causou

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sobrevivo

   Não sei se dessa vez escrever irá me libertar. O lápis está fugindo do controle de minhas mãos, meus dedos não deslizam mais sobre o teclado para deixar versos bonitos, palavras difíceis.
   Apenas vivo aqui na esperança de que alguma solução chegue até mim, do contrário, continuarei nessa inércia emocional. Antes fosse uma inércia sobre "não sentir nada", e não essa dor constante, que às vezes até me tira lágrimas dos olhos, que às vezes até me tira da realidade por alguns instantes e me faz pensar em desistir.
    Cada segundo mergulhada nessa dor parece ser infinito.
   Conte-me como foi que a gente se perdeu. Conte-me como se livrar desse sentimento que só nos deixa mais mortos à medida que sobrevive dentro da gente. Eu sei que você nem se lembra mais como é... por favor, faça alguma coisa, estou implorando, que me ensine como matar um amor que ainda existe dentro de mim sem ter que me matar também.

sábado, 14 de maio de 2011

Sem Volta

Viagem sem volta, essa que você tomou
Pois não mais me importa
Você tentou
Mas eu larguei sua mão
Te deixei escolher para onde ia
Aquelas tentações te chamavam
Mas eu não te seguiria
Isso te alucina


Enquanto eu pude, disse ao seu ouvido
Sobre todo o perigo
Mas você parecia não me ouvir


Você chegou ao começo do fim
Pois teve a chance de escolher
No entanto, não escolheu, e sim
O fim que escolheu você
É assim que a gente vai ficar
Eu aqui e você lá


Depois me conta como é se você voltar
Pena que essa utopia
Não vai durar
Você sabe mas finge que não
Ao seu primeiro passo
As portas atrás fecharão
E se abrirão pro fracasso

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Pouco Amena

Eu a vejo passar, impossível não reparar
Na tristeza fundida em seu olhar
Olhos perdidos que nunca mais vi brilhar
Quem dera se eu pudesse te ajudar

Minhas confusões parecem pequenas
Ao lado das suas
Meu embaraço me condena
Admiro até seu pesar pelas ruas
Pouco pela sua dor pouco amena

Tão frágil aguentando esse peso
Qualquer que seja, não fico surpreso
Dor dilacerando seu coração indefeso
Ah se eu pudesse te curar
Quem dera se eu pudesse te ajudar

segunda-feira, 9 de maio de 2011

SOBRE A LEGALIZAÇÃO DA MACONHA

    "Sabe-se também que, apesar das diferenças nas respostas individuais, o uso frequente da maconha (6 ou mais vezes ao mês) provoca alterações na capacidade de percepção de tempo e espaço, diminuição da testosterona e consequentemente diminuição na produção de espermatozóides, o que conduz à infertilidade. Além disse, nota-se uma maior propensão ao câncer de pulmão pela exposição ao benzopireno, agente cancerígeno presente na fumaça da maconha.” CEBRID – Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas

    Já ouvi dizerem que quem é contra a legalização da maconha é a favor do tráfico de drogas! Baseando-me nesse extremismo dos defensores da legalização, afirmo que quem é a favor da legalização da maconha fuma a erva ilegalmente e é a favor de um mundo mais doente e ignorante. É ÓBVIO que essas pessoas não estão pensando no bem daqueles que podem usar a maconha como anestésico em tratamentos medicinais, e sim no prazer próprio que sentem ao fumá-la.
    É muito mais fácil usar de um artifício que nos proporciona bem-estar, calma, relaxamento instantâneo do que ir à luta e tentar ser feliz de uma forma natural e não-nociva à nossa saúde. Pois é isso que os vulgo “maconheiros” fazem! “A droga da paz?” Não é bem assim. Há uma consequência do uso da maconha que vai contra o principal argumento usado pelos que lutam pela legalização. O argumento de que se a Cannabis fosse legalizada, o tráfico diminuiria consideravelmente. É claro que quando alguém tem contato com algum tipo de droga, tem curiosidade para experimentar outras, de efeitos ainda mais graves ao nosso organismo, e às pessoas com quem convivemos. Até mesmo o cigarro, uma droga já legalizada, abre portas para o mundo do tráfico!
    Além dos efeitos sociais, os efeitos colaterais ao organismo não são poucos: danos cerebrais, afetando a capacidade de memória e aprendizado, dependência psicológica, perda de memória recente, aumentam os riscos de câncer no pulmão, pode causar infertilidade, e provoca a necessidade de se ingerir uma dose cada vez maior.
    “Alguns estudos encontraram uma maior correlação entre crianças que sofriam de déficits cognitivos permanentes, problemas de concentração, hiperatividade e interação social reduzida com mães usuárias habituais de maconha do que entre crianças não expostas de mesma idade e ambiente social.           
     Que tipo de mulher desejaria isso para seu filho? Assim nós percebemos o quanto o ser humano é egoísta, e cada vez mais só pensa no próprio prazer, em ter uma falsa sensação de felicidade, e são capazes de lutar por uma causa que não tem o mínimo sentido, uma causa cujas conseqüências ruins a maioria das pessoas nem tem consciência, e ficam dizendo “LEGALIZE JÁ!” por aí sem o menor pudor, como se estivessem fazendo um grande favor à sociedade... só se for à sociedade viciada!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Se O Mundo Parasse De Girar

Todos reclamando que o tempo passa rápido demais
Que queriam ter a chance de voltar atrás

Vivemos numa época em que não dá pra parar pra pensar
Ou os que estão atrás podem nos atropelar

Quem espera demais perde o trem
Correr muito também não convém
Cada um no seu ritmo,
Movimento progressivo


Se o mundo parasse de girar
Não sobraria ninguém para testemunhar
A inércia seria a lei predominante
Se a terra parasse nesse instante

Se o mundo parasse de girar
Seríamos arremessados bruscamente
Seis meses frios, seis meses quentes
É, seria melhor  não parar


Reclamam de dias ligeiros, de dias demorados
Querem saber o que está por vir, sempre apressados

Alguns querem que o tempo pare pra dar tempo de pensar
Mas não sabem o que aconterá se a terra parar


Tem quem reze para o amanhã chegar
Tem quem reze pro tempo parar
O futuro está próximo, é só aguardar
E se o mundo parasse de girar...

Agradecimento ao @RafaelDonatello que me deu a ideia pra música :D

terça-feira, 19 de abril de 2011

não tem título

   Ontem à noite antes de dormir, fazendo mentalmente um feedback da minha semana, tive várias ideias para um post hoje, mas já me esqueci de tudo :/ Sabe como é né, emice crônica, eu fico triste por qualquer coisa. Então passo dias e dias pensando nos meus porquês. Ok, dias não, no máximo uns quinze minutos antes de cair no sono hehehe. Enfim, me lembro apenas de que era algo sobre as pessoas que esnobam a atenção alheia. Vou tentar explicar melhor...
   Tudo começa com o triste fato de que eu me importo muito com pessoas com quem nem mantenho muito contato, e é uma preocupação unilateral. Eu não ligo nem quero saber se tal pessoa se importa comigo ou não, mas a verdade é que tenho simpatia por muita gente que se precisasse, eu ficaria muito feliz em ajudar. Sem receber nada em troca mesmo. Talvez porque não conheço muito bem essas pessoas, então elas nunca fizeram nada para me magoar, e eu nem espero nada delas. Só sei que eu me afeto muito com a tristeza dos outros.
   Até aí tudo bem, o problema é quando tem aquela pessoa "meio" próxima a mim, alguém que eu já tive bastante contato, mas essa relação enfraqueceu. Não é porque não converso mais que deixo de me importar. Então, se percebo que essa pessoa tem algum problema, eu até tento ver se posso ajudar, e se essa pessoa não quiser é só falar. Meu, não precisa ficar se esquivando da minha preocupação. Eu aqui preocupada com você e você esnobando o fato de eu me importar contigo? Precisa disso?
   Parece até que alguns têm prazer em ver o outro sem graça. Gostam de deixar bem claro que não precisam da nossa ajuda e podem resolver tudo sozinhos, ou com a ajuda de seus outros amiguinhos. Amiguinhos que não se importam nem metade do que alguns que eles deixam de lado. Mas tudo bem, eu já estou superando toda essa situação. Ver o espetáculo acontecendo de fora me dá mais clareza sobre os fatos, ainda mais eu com toda essa minha imparcialidade. Às vezes dá vontade de dizer "Seu troxa, me ouve!!! Confia em mim!!".
   Não vou dizer que não vou mais me importar com quem não se importa comigo porque isso não é nem um pouco verdade, eu seria hipócrita. Eu fico feliz quando essas pessoas estão felizes, e se ficar longe de mim deixa nelas um sorriso no rosto, então por mim tudo bem. Mas que dá vontade de dar uma sacudida do tipo ACORDAAA!! Dá sim kkkkk Bom, era só isso. Espero continuar sendo uma pessoa "com coração" nesse sentido, sempre quebrando a cara ou conseguindo ajudar alguma alma perdida.
bejos, até o próximo post

terça-feira, 5 de abril de 2011

Minha Saudade

                Eu tenho tanta saudade. Saudade de pessoas que já se foram, pessoas que ainda estão, pessoas que não são mais o que eram. Saudade de momentos, de sentimentos, de risadas, da minha inocência, saudade de confiança. Às vezes me perco em devaneios, em nostalgias, e rezo pra poder voltar no tempo. Eu gostaria muito de reviver algumas dessas lembranças das quais tenho tanta saudade, pois sei que a maioria delas, para não dizer todas, nunca mais irão se repetir.
                Sei que bom mesmo é olhar sempre para frente, fazer novos planos, não ficar me remoendo por coisas que já passaram. Mas é inevitável, virou quase rotina. Pode parecer loucura, mas algumas vezes até consigo resgatar parte das emoções que senti há algum tempo atrás, apenas revisando mentalmente minhas memórias.
                Não digo que “não vivo mais sem essas memórias”, não fico o dia, a noite inteira, lembrando dos fatos do meu passado, mas alguns foram realmente importantes, e eu sinto tanta, tanta, falta. Ah, se 10% das pessoas das quais eu sinto falta, de alguma maneira voltassem para a minha vida, eu já seria 80% mais feliz.
                Eu sei, e repito, o futuro sempre traz novas lembranças, novos sorrisos, mas hoje eu senti que devia escrever sobre isso, desabafar. Por que as pessoas têm de mudar? Por que as pessoas que mais amamos morrem? Por que não temos um dejavu daquele momento ímpar na nossa vida? Por que não podemos voltar no tempo e reviver as melhores emoções? Porque a vida é assim.

Kurt 05/04 17 anos<3
Vô<3 

domingo, 3 de abril de 2011

Revés

Chegar ao almejado de viés
O mal-feito será sempre um revés
De quem aspira à vitória é empecilho
Atalho perigoso no caminho

Toda essa pressa acerca do triunfo
Valendo-se de meios obscuros
Maior obstáculo para a conquista
É essa estratégia capitalista

Rápido quando não há dificuldade
Porém fugidia essa artificialidade
O preço de se crescer rápido é
Que nem sempre será como se quer

Ofertas infinitas que te tentam
Mesmo que não te atinja, atormentam
O benefício, é tão sedutor
O prejuízo será arrasador

domingo, 20 de março de 2011

Soneto nº2

Se em teu íntimo continuastes frívolo
Para que então mostrastes tua alma?
Uma vez assim, para sempre insípido
Como dissimular com tanta calma...

Se ao menos fosse só leviandade,
Equívocos dignos de remissão
Não há resquícios de ingenuidade
Há apenas uma boa atuação

Concentro-me em meu andar valente
As farsas detrás, eu olho pra frente
Tu caminhas sozinho e a esmo

Para mortificar-te, saiba que
Teu maior erro não foi enganar-me
Foi o de ludibriar a si mesmo

sábado, 19 de março de 2011

Soneto nº1

Esvai-se como a palavra vazia
Inferida na despedida fria
Atinge certa e dolorosamente
A esperança do coração ardente

Não há eufemismo a tornar sutil
Todo esse padecimento viril
Que abate até o homem mais valente
E a esperança do coração dolente

Mágoa que desatina por si só
Oriunda de uma alma sem dó
Por que hei de machucar tanto assim?

Reles tanto quanto és inevitável
A nenhuma amargura equiparável
Por que hei de crescer aqui em mim?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Eternidade Efêmera

Eternidade efêmera essa pela qual passei
Toda absorta, em vão rezei
Tão tola, mal sabia eu

Que o eterno esteve presente em cada segundo
Apresentando-se como meu tudo
Dessa certeza, não fujo

Discursos de que nada é eterno - mais de um milhão
Pois lhe digo, se o nada não dura
O tudo também não

Amor não é medido pela sua duração
Pois se o sentimento é pequeno, o tempo é em vão
Por contentamento, omite-se o segredo do coração

Tão nobre, esse amor, não há porque deixar morrer
Vamos eternizar aquilo que não se vê
Não realizar é impedí-lo de padecer

E relembro, e suspiro, e me convenço
De que não preciso de mais
Breve demais, quiçá
Mas ainda sei o que é amar

quinta-feira, 17 de março de 2011

ve-ne-nósa, êeêeê

Venenosa, perigosa e do rock. Do rock, do pop. Posso ser o que eu quiser, posso mudar meu destino, só depende de mim. Posso provocar alguém, posso me vestir bem, posso me vestir mal ou não me vestir. Eu escolho, não você. Contagiosa. Chorona. Bipolar. Posso dizer que sou, depois dizer que não sou, e aí? Posso seguir os padrões, posso ser diferente.
Despertando paixões turbulentas, vivendo amores, quase-amores. Não sou tudo ou nada. Sou flexível. E se eu quiser ser um paradoxo ambulante? Ninguém vai me impedir. Posso confundir sua mente, pense o que quiser, diga o que quiser de mim. Só eu sei a verdade, a verdade sobre mim:

Demorei tempo demais
Pra resgatar o meu sorriso
Tanto que ele se tornou fugaz
Tanto que nem preciso mais

Já cansei de dizer
"Tudo bem" quando não está
Cansei de tentar esconder
Quando começo a chorar


Desde sempre a solidão me abraçou
Só agora correspondi
Melhor me entregar do que fingir
Foi tudo o que me restou
A verdade sobre mim


Nos moldes do imperfeito
É que eu me encaixo melhor
É que eu levo jeito
Pra suportar essa dor atroz..

Já cansei de dizer
Que estou bem quando não estou
O que mais posso fazer
Desde que isso me dominou

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Essa música será gravada pela banda REVENGE. Originalmente postada em: www.myspace.com/3beatsmusic

Posso fazer coisas sem sentido.  

domingo, 13 de março de 2011

suposições alheias

Fato é que a maioria das pessoas se acha no direito de te julgar mesmo sem ter certeza dos fatos. Intrometidos fazendo suposições a seu respeito é que não falta. "Fontes confiáveis" espalhando mentiras sobre você também tem de monte. Qual o sentido disso? Já é difícil ter que aguentar pessoas que "te conhecem" te julgando, imagina aguentar isso de pessoas que mal sabem seu nome.
Isso acontece porque muitos esquecem de cuidar da própria vida, refletir sobre os próprios erros, correr atrás dos seus objetivos e acham mais vantagem em ficar discutindo a vida alheia. Não é novidade que se você faz algo errado (ou acham que você faz), te atacam de todas as maneiras possíveis, mas e quando somos julgados no meio da nossa evolução? Quando fazemos algo bom, e sempre acham algum defeito no meio das nossas conquistas? Hoje em dia julgam até se ficamos felizes por nossos méritos. É difícil entender o ser humano. Não podemos sonhar, não podemos errar. Não podemos ser nós mesmos.
Quem segue os padrões é piegas, quem não segue é julgado da mesma forma.
Por que é tão difícil entender que não há a necessidade de julgar quem apenas tem como objetivo alcançar a felicidade? Custa parar de olhar um pouco os defeitos alheios e passar a cuidar mais do próprio nariz?
São tantas as minhas questões internas...
Falar mal de outra pessoa realmente faz alguém feliz?
O mundo está se tornando impossível de ser 100% feliz, e conviver com pessoas 100% confiáveis. Não me surpreenderia se fosse comprovado que não existem mais pessoas plenamente confiáveis ou felizes. Até porque, mesmo inconscientemente, sempre damos um jeito de sabotar a felicidade alheia: "Por que ele(a) e não eu?". Pensando assim, acredito que seja instintiva e "natural" essa necessidade que temos de crucificar as outras pessoas em função dos seus erros. Espero que seja. Porque se não for natural, então iremos todos para o inferno.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Cigarettes and Valentines

Não ter lágrimas, sorrisos, ou batidas mais fortes para traduzir em palavras, me é estranho. Estranheza que estou aceitando bem, estranheza que da qual necessito no momento. Bom mesmo é ter sonhos mais próximos da realidade, mais próximos de mim, porque eu amo viver a realidade. Adoro sentir essa liberdade no peito, onde posso mudar o rumo da minha vida no instante em que eu desejar. Adoro me sentir livre para até não sonhar.
Difícil foi descobrir que por aqui já não há mais muita coisa pra mim, que terei que botar o pé na estrada se quiser algo diferente. Porém quando abro os olhos e vejo que tenho todas as possibilidades para que isso aconteça, vejo que é isso que importa. Eu posso correr atrás do que eu quero, posso ser feliz. Eu queria que meu medo se resumisse apenas a covardia, seria bem mais fácil. Jamais quis que minhas atitudes tivessem consequências para outras pessoas também, isso é tão injusto. É bom quando faço alguém feliz, mas o sonho se torna pesadelo quando percebo que machuquei alguém. Deve ser por isso que me afasto das pessoas na mesma proporção em que meus cabelos caem em dias de estresse.
Só que dessa vez é diferente. Não quero medo nenhum, quero tomar atitudes drásticas. Já que minha precaução tem sido inútil, vou tentar alcançar meus sonhos de um medo diferente. E eu gosto disso.
RAWR
 

domingo, 6 de março de 2011

Razões

É difícil explicar razões que nem eu mesma entendo. É difícil quando seu coração te grita duas coisas opostas, ao mesmo tempo. É difícil tomar decisões, é difícil ser feliz. Mas independente de qualquer atitude minha, quero deixar claro que o amor não acabou. Não é de um dia pra outro que um sentimento que foi tão importante pra minha vida, que me fez descobrir lados de mim mesma que eu sequer imaginava que existiam, não é de uma hora pra outra que esse sentimento vai deixar de existir. Longe disso, ele está aqui, no lugar mais especial do meu coração. Às vezes somos forçados a tomar decisões que não imaginávamos que tomaríamos. Repentinas, porém certeiras.
Chega uma hora que "continuar" não significa mais "não desistir" e sim, "adiar o sofrimento". Não desisti, apenas senti que já estava na hora de "recomeçar". Talvez eu tenha mudado um pouco, talvez eu seja uma pessoa completamente diferente, mas meus sentimentos não mudaram. Apenas minhas atitudes.
Eu não sei bem como vai ser, mas estou certa do que estou fazendo, e apesar de que as circustâncias estejam me matando por dentro, eu sei que é a coisa certa a fazer. Fácil, nunca foi e nem será pra ninguém. Está tudo "em paz", finalmente. Não há mais motivos para magoarmos um ao outro, não há motivos para brigas. Não há expectativas, não há frustrações. Eu estou bem. Quem não está, ficará bem.
Assim as coisas voltam ao normal, assim seremos felizes.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Cartas Queimadas

Uma folha de caderno
Repleta de palavras macias e cor-de-rosa
Transbordando amor em prosa
Fugindo do mundo moderno

Meu amor medieval
Te idolatro, de amor me mato
Apenas para constatar o fato
De que não é só amor carnal

Cartas não entregues, cheias de confissões
O sentimento sobrevive à mudança das estações
Cartas queimadas, as fantasias serão veladas
Caladas, para sempre no meu coração

Minha sutil obsessão
Que se liberta por entre as linhas
Tão nobre essa fraqueza minha
Que foge da minha mão

Em cada oração
A minha alma se expressa
Minha paixão se arremessa
Rumo a outra expedição