terça-feira, 29 de maio de 2012

Olha, menino

Olha, menino,
enquanto tu passas tu levas meu tento
Te aguardo no anseio e guardo o momento
em que investigas até encontrar
os meus olhos ávidos por teu olhar

Olha, menino,
escrevo-te um verso, uma estrofe, um poema
descuido-me e te chamo "meu", que blasfêmia!
Enquanto me empenho em te decifrar
registro em rimas meu testemunhar

Olha, menino,
os meus devaneios me fazem sonhar
Tu és o porquê desse meu idear
teu simples estar no meu mesmo lugar
Induz-me ao mundo do fantasiar

domingo, 27 de maio de 2012

Soneto nº 5

Pequena chama, chamo de esperança
Que o sol nascente em meus olhos aquece
sustenta, atenta e alimenta o romance
Enriquece a alma e o ser engrandece

É utopia em plena luz do dia
É quimera em forma de poesia
Quando o real não satisfaz o ego,
entra em cena o que te deixa cego

Pois se ilumina, irradia e encanta
este portento sabota a razão
Deixa então voar a imaginação

Logo vive de verdade, agiganta!
Só assim se desfruta do perfeito
Abre-te os olhos e o encanto é desfeito