domingo, 9 de novembro de 2014

Pânico

Quero encontrar verdade ao meu redor
Vencer essa escuridão que me prende aqui dentro
Quero deixar de esperar sempre o pior
Lutar contra esse mal que só cresce em meu peito

Todas essas manias que me matam aos poucos
Todos esses medos pesando meu ar
O pânico toma conta quando me deixo pensar

Quero estar sozinha
mas tenho medo de sair lá fora
Por favor, não me deixe agora
que essa fobia muito me assombra

Queria viver bem sem ter medo
de a qualquer momento, ver alguém mais cair
Temendo a morte se vive menos
mas ninguém está pronto na hora de partir


A única promessa que será cumprida
é a única em que não queria acreditar
Vejo tanta dor, em tanto lugar
Que eu não sei como irei lidar
com a parcela que ainda está pra chegar

Todo esse receio quase infundamentado
Todo esse medo roubando meu ar....

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Um causo universitário


  • Ele me ensinou a ter uma alimentação mais saudável. Comer tomate, feijão, frutas? Proeza que minha mãe não conseguiu em dezoito anos.
  • Ele me permitiu desenvolver uma visão mais estratégica. As partidas de truco pós-RU, de segunda a sexta, nunca serão esquecidas.
  • Ele me fez entender o sentido de "ecologicamente sustentável". Trazer seu próprio copo de casa para o RU, além e contribuir com o futuro do planeta dispensando o copinho plástico, dava pra pegar mais suco.
  • Ele atenuou a minha procrastinação diária. Parei de enrolar depois das aulas para ir correndo para a fila do RU.
  • Ele me aproximou dos meus amigos. Me mostrou quem era camarada para deixar cortar fila e para guardar lugar na mesa da turma.
  • Ele contribuiu com as minhas finanças. Economizando nas refeições, sobrava dinheiro até para o xerox.
  • Ele me propiciou um maior entendimento das minhas vontades e preferências. Descobri que almôndega não rolava, e que strogonoff de frango devia ser valorizado.

É, Restaurante Universitário (RU para os íntimos)... a vida sem você é um tanto mais $algada e um tanto mais triste.
#voltaRU

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Será?

Quão errado é o arrepio que tu me causas?
Tão errado que devia ser ilegal
Tu nem olhas, mas tu roubas minha pose
Por te querer tu "tá" é me fazendo mal

Eu sei teu nome, sobrenome e terra natal
Sei tanta coisa mas não sei se tu és legal

Dizem que teus olhos são da cor do mar
Mas nunca pude de fato verificar
Fujo do contato direto com teu olhar
Tenho medo do estrago que pode me causar

Queria saber o que tu estás a pensar
Mas se gasto minhas forças só em te admirar
Pois se algum dia tu me notar
Faz um favor e me chama pra conversar?

Coração

Coração que ainda pula ao ver teu nome
E vem batendo em câmera lenta
Bate lento, bate fraco até parar
Parar por lamentar-te

O coração é bobo, não te deixa escapar
Minha última novidade quer te contar
Coração chora quando quer te chamar
Pois coração não tem mais voz pra te gritar

Ele que tanto de ti combate
Quando a memória não faz falhar, o coração:
Me castigue, me sufoque, até me mate
Mas não me deixe te amar n'outra ilusão

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Risos

Tanto que guardei pra mim
Que fingi não doer
Tanto que eu me perdia e me vendia
Pra um riso seu poder ver

Mas você nunca compreendeu
Que eu queria toda parte de você
Dei tudo que podia, dei tudo que era meu
Mas nunca era o que você queria ter

Um dia você vai entender
Que nada mais eu exigia
Do que a sua simpatia
Apesar de muito mais querer

E eu espero que eu te supere
Que as lágrimas mesmo já secaram
E que por não tanto tempo te espere
Pois os meus risos contigo acabaram

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Sorri

E é no mais escuro momento
Que vem a urgência de sorrir
Feliz o sorriso que alimenta
a graça do teu retribuir

Encontra se em bom dias estranhos
Na gentileza que não se está esperando
No amor profundo mas tão distante
Na efemeridade do meu instante

Sorri quando se enxerga o que está adiante

terça-feira, 10 de junho de 2014

Coisa de sonhador.

Preciso de amor pra escrever
Preciso de sentido pra viver
Preciso de vida cheia do errado,
do certo, de sonhos e ideais

Abre os olhos, abre a janela,
vê se alguma coisa mudou
Faz uma oração e espera...
coisa de sonhador.

Um final feliz
sempre tão longe de mim
Minha utopia todo o dia
é agonia que não tem fim.

Preciso de amor pra ir além
Não preciso de prova pra crer
Preciso de alma cheia de verdade,
de mentira, dos outros, de si

Todos meus medos se tornaram reais,
o que fazer se a realidade não me inspira mais?
Coisa de sonhador, de romântico até demais
de gente que acordou de tanto sonhar.

Agora me diz...
Quem vai preencher o vazio?
Quem vai inspirar o próximo verso?
Quem vai abrigar no frio e me prometer o universo?

Coisa de sonhador, de romântico além da conta
de gente que sonha tanto que desaponta.

domingo, 1 de junho de 2014

You'd better lie

You'd better lie
Try not to let me down this time
I'm trapped in a world that's not mine
So you'd better lie

All those things you said have wounded my pride
I'm afraid I oughta say
I want you to hide

No matter how hard you try
I won't hear the truth that screams inside
This is what I need to shield my heart

I lie by your side
But I cannot break through this wall
I'm trapped in your web and I wont fall
I ain't mine

You can say whatever you want, but, baby, I'm a fool
You lie so that we work, I think I've got it all figured out
That will do.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Tudo o que eu quero

Todas as pessoas que perdi
Perdi de vista
Perdi pra vida

Todas as vezes que errei
Sem querer
ou por querer

Todas as mentiras que ouvi
e as verdades que não acreditei
Tantas vezes encontrei o fim
Quando tudo o que eu queria era viver

Eu sou um tanto errada
Por aprender a errar
Eu sou um tanto certa
Pois enfim pude acertar
Eu sou verdade, sou contradição
Eu sou a palavra que virou canção

Todo o tempo que eu perdi
Que eu gastei
ou não encontrei

Todas as vezes que eu sorri
Sorrir por sorrir
Sorrir por sofrer

Todas as mentiras que escondi
e as verdades que não contei
Tantas vezes procurei o fim
Quando o que eu menos queria era viver

E se o incerto me atrai mais do que é seguro
Eu quero ser o inconstante propenso a falhar
Não tenho medo do que está atrás do muro
Tudo o que eu quero é ter história pra contar
...e uma melodia pra tocar.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Poema da madrugada.

Um dia ela vem, outro dia passa reto
Um dia procura, outro ignora
Tem que ser esperto
Pois ela pode vir a qualquer hora

Ela passa quando você não está por perto
Te passa a impressão errada
Ela te faz começar algo que não dá certo
Te faz cair em uma cilada

Ela frequenta os lugares mais diversos
Alguns que você nem pode imaginar
Ela sabe dos seus segredos mais secretos
Ela tem o poder de te revelar

E se você vai atrás, ela foge
Quando você menos espera, ela volta
Toca a campainha e corre
Antes de você abrir a porta

Nem sempre ela está disponível
Então quero te chamar a atenção
Pra esse momento imperdível
Quando você encontra a inspiração.

sábado, 19 de abril de 2014

Reviver.

Você me encontrou
E disse todas aquelas coisas bonitas
No meu ouvido

Coração disparou
Mas a nossa história de linhas tortas
Não faz mais sentido

Me deixa seguir em frente sem você
Apaga esses versos
Cante outra canção, encontre outro coração
Porque eu já estou cansada de reviver

Te digo que mudei
Que você traria de volta o desespero
Mas não traria os nossos pedaços

Você está esperando na esquina pra me encontrar
Minha vontade de você não me deixa ver
O quanto a gente se perdeu ao se amar

Quando eu voltar

Não quero falar do passado
que não vai voltar
Nâo vou dizer que cê tá errado
Não vou falar que eu quero voltar

Porque nada vai voltar
a ser como era antes
Só quero dizer o que acontecerá
quando eu voltar

Outro dia a gente se tromba, um beijo, uma história
Outro dia a gente se esbarra, um abraço, memórias

Não vou mais embora
Não vou ter outra escolha
a não ser te encarar
Mas a gente não vai voltar

Não é da boca pra fora
você vai ver, vai me ver
eu vou ver você tremer
Eu vou ceder

Outro dia a gente se tromba, um beijo, uma história
Outro dia a gente se esbarra, um abraço, memórias

Porque não é de agora que você pensa em mim
E eu escrevo sobre você, meu passado sem fim

quinta-feira, 27 de março de 2014

teus olhos e teu sorriso

Eu dizia que teus olhos sempre se alimentavam da dor
Resplandecendo sob o golpe duro da partida
E teu sorriso tão traiçoeiro, tão triste, tão esplendor
O espetáculo de ti contornando a vida
Os céus se revoltam pra te testar, meu amor
Pois sabem da tua luta, teu nunca desistir
Nunca fugir, nunca se eximir - de mim
Eu, que proferia sempre o nosso fim.

Tu, em meio ao pranto sempre a sorrir
E a tua vista de um futuro tão distante
Por tantos olhos vista como utopista
Ainda assim de olhar tão cintilante,
e de um sorriso que incessantemente
me abisma.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Eu e você.

Eu te mostrei as regras,
você me ensinou a quebrar
Você me mostrou as trevas,
eu te ensinei a amar

Eu costumava acertar,
você era o único errado
Você me fez mudar,
eu te fiz ver o meu lado

Eu te deixava sem ar,
você me deixou assim
Você me pediu pra ficar
mas insisti em fugir

Eu falava em brigar
e você em reconciliar
Você disse que a gente ia se perdoar
e eu agora só vejo você me evitar.

sexta-feira, 21 de março de 2014

É primavera


É primavera...
já enxergo vida debaixo da camada fria
vai-se o inverno, volta a minha rima

É primavera...
é esperança que dias melhores virão
o amor volta pra atender minha oração

É primavera...
as flores desabrocham bem de mansinho
o sol volta pra aquecer meu caminho

É primavera...
leva embora a neve só de pirraça
me leva também de volta pra casa?

segunda-feira, 10 de março de 2014

Eis que me pego presa na corrida

Eis que me pego presa na corrida
Corre aqui comigo a dor da partida
Peso de um lamentar que nunca finda
Corro, porém estou aqui ainda

E se ajoelho oro só por orar
Dou de ombros, vejo o mundo passar
Daqui vejo minha terra se afastar
Corro, perco o trem, quem vai me levar?

De longe o horizonte a se fechar
Cessa também o brilho do olhar
As orações se esvaem, os céus caem

As estrelas do céu não mais me atraem
Corro pra ir mais rápido que o tempo
Tempo de dias nublados, dias cinzentos

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

amores imperfeitos

Ah, como dói olhar pra trás
Só enxergo migalhas de mim
Amores que não se foram em paz
Histórias que não tiveram um fim

Perco-me em meio aos destroços
São todas minhas recordações
Sombras de dias nossos
Letras de muitas canções

Ah, como dói ser toda errada
Não saber cuidar de um coração
Hoje eu olho pra essa estrada
Amores imperfeitos na minha mão