Hoje eu posso dizer que corações são como brinquedos. Eles podem se diferenciar por fora, tendo as mais variadas formas e cores, mas por dentro carregam uma única missão: fazer uma criança feliz. Também digo que o coração tem uma grande vantagem em relação a um brinquedo: por mais que um coração seja maltratado por fora, perca pedaços pelo caminho, enquanto se tratar de um coração vivo, e batendo, ele ainda ainda será o seu bem mais precioso, e tal qual, não terá menos importância do que antes de ser machucado. Quero dizer que por piores que sejam as condições em que o seu coração se encontra, ele ainda será útil ao satisfazer as necessidades de muitas outras almas, ou crianças, procurando um motivo para sorrir.
Triste seria se nosso coração entrasse em desuso na primeira vez que alguém o quebrasse. Aquela sua paixãozinha não correspondida na pré-escola, que não hesitou em dizer que gostava de outra pessoa, e não de você. O ídolo adolescente que você alimentou esperanças de um possível namoro com ele, planejou o casamento, nomeou os filhos, mas depois percebeu que na verdade era uma utopia, já que ele sequer sabia da sua existência. A professora que te via como um filho, quando você a via como pretendente. Todos já tiveram alguma vez alguém que de certa forma levou um pedaço do seu coração embora, mesmo que sem querer.
Então, quando alguém pegar seu coração emprestado, e devolvê-lo faltando partes, mal-cuidado, quase que esfacelando em suas mãos, lembre-se de que ele ainda está batendo! E se bate, é porque sua essência e principal função ainda foi conservada, não importando em que estado ele se encontra, se perfeito, intocado, ou totalmente molestado a cargo de pessoas que não souberam cuidar bem dele. Sempre haverá uma alma pura e humilde, que não se importando com as aparências, tomará seu coração como bem mais precioso, como se não houvesse outro igual ou melhor. E quanto pior ele estiver, mais sincero será quem o aceitar. Porque as verdadeiras crianças são assim, não querem o brinquedo mais bonito ou o mais caro, e sim aquele que lhes arranque mais sorrisos.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
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