domingo, 28 de novembro de 2010

A história do menino do canto

          E era todo o dia a mesma coisa. O menino chegava quase que imperceptível aos olhares de seus colegas e sentava-se na última carteira da fileira da janela. Justo aquela carteira que era a mais afastada dos alunos da sala. E ele ficava ali, parecendo nem prestar atenção às conversas de seus colegas e muito menos às explicações dos professores. Estava absorto demais em seus pensamentos para dar importância a algo mais ao seu redor.
                O garotinho às vezes era zombado mas parecia nem ter consciência disso. Vivia em seu universo particular, presente de corpo mas distante de alma. Quiçá algumas vezes voltasse à realidade e vivenciasse um pouco da bagunça daquela sala de aula, da convivência com outras pessoas, mas quase que ao mesmo tempo em que era notada sua real presença, ele voltava novamente ao seu mundo onde tudo que está a sua volta não importa.               
                Por muitas vezes tentaram adivinhar o que se passava na vida desse menino, que vivia tão distante de todos e de tudo, mas todos esses esforços foram em vão. O tempo passou e perceberam o quão inútil era essa tentativa de desvendar aquele garoto, então sua existência foi se tornando praticamente nula entre seus colegas. Nisso restavam apenas algumas brincadeiras que alguns ainda insistiam em fazer esporadicamente, com a esperança de que aquilo trouxesse o garoto à vida. Ele se tornou tão insignificante quanto o desejava.
                Fim.

*é que senti uma enorme necessidade de escrever e não tava afim de discorrer sobre amor nem sobre a minha opinião. aí saiu essa coisa sem pé nem cabeça UHAUAHU 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Revolta: Quero me expressar

                Sabe, eu estava deitada na minha cama tentando dormir. Mas antes de dormir li algumas coisas, algumas opiniões sobre a legalização (ou não) da maconha e isso me provocou uma revolta enorme, gigantesca. Eu já estava deprimida, e esse assunto polêmico me levou a pensar em outros pontos que também me provocam revolta então não consegui ficar apenas me revirando na cama e vim escrever, vim desabafar. Estou em crise.
                Já esqueci praticamente tudo que havia pensado, pensei tanto que fiquei até com dor de cabeça. Enfim... no final talvez eu fale mais especificamente sobre o que eu penso em relação à legalização da marijuana, mas vou tentar colocar ordem nas ideias que estavam me atormentando mais.
                A maioria das pessoas não entende porque eu sou contra essa polêmica legalização. Sou contra e assumo. Grande parte dos que são a favor, curtem fumar maconha. É ÓBVIO! Ou pelo menos usam outros tipos de drogas, sejam elas legais ou ilegais. Dentre elas cigarro e álcool. Esse é o ponto. Eu já estive dos dois lados e posso afirmar que aprendi algumas coisas. Não vou falar sem ter certeza.
                Vou sair à noite legal, vai ter bebida. Muita gente curte beber algo, fumar um cigarro. Eu não são contra, tanto que conscientemente. O cara sai fudido do trabalho e bebe uma cerveja com os amigos pra desestressar. Legal. O que me aflinge são os que o fazem exageradamente, sem motivo algum e apenas para aparecer. É aquele negócio “é bonito, é legal, ta na moda, beber, fumar”. Porque quem bebe demais e dá bafão na festa é assunto por uma semana. Você fica rindo com seus amiguinhos de tudo que aprontaram e fica conhecida. Necessidade de aparecer nem um pouco, né?
                Você que sai pra beber, fumar maconha, fumar cigarro, narguile, cheirar cocaína escondido, te desprezo. Se é tão necessário assim pra você porque não assume o que faz? Será isso infantilidade demais, medo dos pais descobrirem? Ah é claro, você tem 15 anos e tem milhares de problemas para esquecer. E você que tem, quer apenas a ilusão de felicidade? É mais difícil fingir que esquece do que resolvê-los, não é? Se alguém te julga porque você “é careta”, essa pessoa não merece minha amizade, e muito menos vale mais do que minha família.
                Eu sei como é o sabor da decepção, principalmente com quem a gente ama. Sei porque já me decepcionei demais com alguém que amo (amei). É triste você se preocupar com uma pessoa e essa pessoa simplesmente ignorar o fato. Eu não gostaria de proporcionar o mesmo sentimento aos meus pais, à minha família. Eles são as pessoas que me amam e que é recíproco. Verdadeiramente recíproco, porque se eu digo que te amo e você não é meu parente, eu não te amo. Não tenho motivo algum para querer magoar alguém que eu amo fazendo algo que essa pessoa considera errado. Valores foram passados para mim, e não apenas valores, e sim verdades. Sinceramente, coisas que apenas fazem mal e trazem ilusão de felicidade não me atraem.
                Você que está lendo, deve estar me odiando por isso, e deve estar achando que eu te odeio também. Pois se engana. Eu não amo nem odeio uma pessoa por esse tipo de atitude que ela toma ou não. Cada um tem sua vida, seus motivos, cada um sabe (ou não) o que faz. Se você é fútil e só quer parecer legal perante aos seus “amigos”, problema seu!
                E talvez seja nessa parte que entre a questão da maconha. Está claro que legalizar a maconha seria o mesmo que legalizar bebida alcoólica para menores de 18 anos. Facilitaria muito mais a vida de quem quer seguir esse caminho. Está claro que quem começa a beber uma cerveja, passa para uma vodka, experimenta um cigarro, maconha, e por aí vai. Seja você criança, jovem, adulto, sempre há os cabeças fracas que vão se influenciar mais pelas “más companhias”. Estão pensando apenas que legalizando a maconha, diminui o tráfico, mas ninguém pensa no que isso pode acarretar a quem CONSOME o produto. É difícil de explicar, é tão complexo. É consequência atrás de consequência, mas muita gente (finge) não vê. Pra você, maconheiro, é fácil. Não seria mais tão difícil comprar uma erva, curtir uma brisa...
                De boa, já tem tanta coisa ruim no mundo e ainda querem facilitar o acesso a mais uma dessas coisas? Eu me preocupo com o mundo em que os meus filhos viverão. Talvez eu não esteja aqui para guiá-los, para passar o que aprendi para eles. De onde eu estiver, estarei torcendo para que eles se atentem ao fato de que há quem se preocupe e preze pela vida deles. Quando se está bêbado ou drogado, é muito mais fácil de se ocorrer um acidente, a agressividade aumenta e a violência também, agimos sem pensar. Digo isso porque não penso só em mim. Eu ajo pensando nas conseqüências que meu ato pode acarretar, tenho minhas opiniões baseadas no que aprendi, não apenas por influência do que me dizem ser legal e inofensivo.
                Sei que ninguém vai ler isso, mas eu precisava de verdade expor minha opinião sobre o assunto. Quem já se decepcionou antes deve ter entendido ao menos uma parte. Não sou extremista, não vou sair xingando ninguém que tenha a opinião contrária à minha, mas também exijo respeito da sua parte. O blog é meu e eu tenho todo o direito de escrever o que eu penso aqui. Não te odeio, não ligo pro que você faz ou não da sua vida, só não venha me ofender.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

FUCK THE SYSTEM

    Eu ainda não entendo como tem gente que gosta desses ataques, dessas guerras civis. Dizem que esse é o jeito DE ACABAR COM A VIOLÊNCIA E COM OS TRAFICANTES. O que???? Dizem isso porque não estão lá no meio do fogo cruzado, não são parentes das ou as próprias vítimas inocentes que morrem no meio desses confrontos. Porque estão no conforto de suas casas bem longe da situação "mostrada" no noticiário, o que por acaso é extremamente superficial em relação ao que está ocorrendo lá. As pessoas não entendem que nenhum mal é cortado cometendo-se mais mal ainda. Problemas assim têm de ser evitados educando as crianças, oferecendo ao menos condições essenciais de vida para que elas não tenham necessidade de roubar, traficar, matar. Sério, essas coisas me revoltam.
    Esse pessoal achando lindo essa guerra, achando que os problemas são resolvidos a cada traficante que é morto na favela. O buraco é mais em baixo, babacas. Então pensem bem antes de dizer que toda essa matança é uma boa solução para o caos. Podem matar 1, 10, mil bandidos e sempre haverá outros para substituí-los! Pensem nas consequências desse tipo de guerra. Reflitam sobre outras formas de se RESOLVER o problema pacificamente. Lembrem-se do quanto de poder alguns têm nas mãos e os usam de formas erradas, do quanto esse sistema fode com muita gente no país. Alguns realmente não têm escolha, e pagam um preço muito alto por isso. A morte é um preço justo a se pagar pela má organização do país?

Texto em favor da paz (:
Inspiração: ataques e guerra civil no Rio de Janeiro
Crítica: aos que apoiam a guerra

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

FÚRIA de final de ano

Era pra ser um final de ano tranquilo. Aulas acabando, hora de aproveitar e descansar, não? NÃO! As pessoas não me têm permitido desfrutar do meu final de ano, das minhas merecidas férias. Você deve estar se perguntando o porquê disso, e é algo tão simples, que chega a ser patético, mas que me desperta uma raiva imensa. Diálogo. Eis o problema. Algo do tipo:

Fulano: E aí, quando entra de férias?
Eu: Amanhã :DDDDDDD
Fulano: MAS JÁÁÁ??? Que folga hein!
Eu:

Folga????? Eu estou enfurnada na escola desde o final de janeiro, não faltei nenhum dia que pensei "poxa que sono, podia continuar dormindo", sou uma boa aluna e não precisarei ficar mais alguns dias curtindo aulas de recuperação, então sou folgada por parar de ir à escola quando acabam as provas????? Já não bastam as mães que enfiam seus filhos pequenos na creche para não precisar cuidá-los, agora por frescura das pessoas eu tenho que ficar até dia 24 de dezembro na escola? MANO, vai se fudeer! Porque não é você que tem que acordar às 6 da madrugada todo santo dia, estudar de finais de semana, fazer trabalhos e tarefas toda semana. Sério cara, to desde julho esperando novamente por um descanso. Eu não aguento mais ver a cara dos professores e nem eles aguentam ver a minha D:

Então meu, se você acha que é muito cedo acabarem as aulas no final de novembro, então você não tem meu respeito. Acabou de despertar em mim uma grande aversão a sua pessoa. Acredite, eu já acho uma puta falta de sacanagem precisar ir à escola mesmo depois de ter passado de nao no terceiro bimestre. Pois se você tiver vontade de me falar que TÁ MUITO CEDO PRA ACABAREM AS AULAS, guarda seu comentário pra você, babaca!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Você sabe.

Ele: Você sabe, eu nunca quis que fosse assim. Devia imaginar também que eu tinha dúvidas sobre os meus sentimentos.
Ela: Não imaginava.
Ele: Deve estar achando que eu planejei tudo.
Ela: É o que tá parecendo. Por que acabou?
Ele: Ah pare, ambos sabemos que não era pra ser assim. Foi bom, foi legal, eu te curti, você me curtiu, mas agora acabou. Vamos seguir nossos caminhos e seremos felizes. As coisas não são tão trágicas assim, você não está em um filme de drama.
Ela: Eu não te curti.
Ele: Como??
Ela: Eu não te curti.
Ele: Então não entendo essa tempestade que você ta fazendo. Lava sua cara, meu! Não entendo suas lágrimas... no mínimo são tão falsas quanto você. Você deve estar se sentindo enganada, mas se não me curtia não era pra tanto. Por que continuou comigo então? Agora percebo que faço bem em te deixar, no fim que a vítima da história sou eu.
Ela: Por que você é assim?
Ele: Não tenho que te dar satisfações da minha vida, você esteve comigo mesmo não gostando de mim, qual seu problema, garota? Dessa vez sou em quem pergunto. Por que então estava comigo?
Ela: Eu não te curti, eu te amei.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

palavras

E aqui estou eu novamente
Gastando algumas palavras para me libertar
Refúgio de meus amores, tristezas, meu pesar
Do meu sofrer e meu contente

É que não ter certeza
É pior do que a certeza de que tudo está ruim
Não saber pra que lado correr, pra onde fugir
Essa é a dúvida e toda sua aspereza

Então eu fico sem rumo
Busco nas rimas encontrar alguma solução
Porém no fundo sei que apenas alivio minha aflição
E então eu me acostumo

Queria ao menos me compreender
Ordenar ao meu coração que fosse unilateral
Que não se deixasse levar por cada motivo banal
E então facilitasse o meu sobreviver

Então não precisaria dessas palavras
Porque não haveria versos para serem escritos
Pois eles apenas tratam dos meus conflitos
Não precisaria me preocupar com o que rima com palavras

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ciclos, Círculos

                Após um longo ciclo, algumas coisas chegam ao fim. Perdoamos erros imperdoáveis, abrimos mão de coisas importantes, rimos até que nossa barriga comece a doer, choramos até desidratar, momentos inesquecíveis, sejam eles bons ou ruins.
                Então algo que você almejou para sua vida inteira, começa a não dar certo. As verdades começam a aparecer no lugar das mentiras, e o seu mundo começa lentamente a desmoronar. Tentamos de novo, e de novo, e de novo. Porém como eu já havia mencionado por aqui, chega uma hora que tentar se torna sinônimo de sofrer, então esse verbo passa a ser completamente inútil.
                Seu coração mais uma vez tenta te enganar. Mas você não o dá ouvidos, já é hora de agir com razão e procurar ser feliz. Parece ser a única forma de reconstruí-lo novamente, depois de tantas feridas. Feridas abertas. Apenas lamento que por enquanto ainda não seja o suficiente para fazê-lo sorrir verdadeiramente. Os nossos ouvidos e olhos continuam abertos e presenciando tudo que acontece.
                Qualquer ato, por menor que seja, ainda nos machuca em dimensões gigantescas. Sem dúvida nenhuma, é um período ruim. Muitas batalhas e poucas recompensas. Estamos ali, lutando para tomar um rumo diferente e ter novas perspectivas de vida, mas o passado ainda nos prende ao sofrer, à decepção. Quando será que estarei completamente liberta e poderei desfrutar daquilo que dizem ser o simples e bom da vida? Rezo para que esse dia chegue logo. E pra que ocorra em mim o mesmo milagre do parto: que dessa dor, de tão grande que é, sobre apenas a palavra, e não a lembrança.
                A vida é assim.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Coadjuvante

Agora todos nós vemos
Sua falsidade escorrendo por entre seus dedos
Todo seu medo refletido nos espelhos
Você não poderia esperar
Que algum dia fôssemos te desmascarar
Vemos suas mentiras em qualquer lugar

Não, você não é superior
É só mais uma pessoa insignificante
Porque apesar de se expor
Não passa de uma coadjuvante

Raios de inteligência
Quando quis chamar a atenção de todos ao seu redor
Tentou ter uma boa imagem e só ficou pior
Descontruiu sua personagem
Aceite ao menos uma vez que está errada
Pois a farsa acabou e agora será julgada

Achou que seria a melhor
mas agora só nos desperta dó
Será esperta o bastante para admitir?
Ou como sempre tentará se sobressair?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O ATAQUE DAS PEDRAS DE SEGREDOS

ENCHI SUAS NUVENS DE SEGREDOS
VOCÊ PROMETEU GUARDÁ-LOS
O CLIMA ENTRE A GENTE MUDOU
VOCÊ CHOVEU E OS SOLTOU
ACERTOU MEUS INIMIGOS COM PEDRAS RECHEADAS
DE SEGREDOS, SEGREDOS SOBRE MIM
ELES GUARDARAM MEUS SEGREDOS
EU ME GUARDEI AQUI

A NOTÍCIA DA MINHA TEMPESTADE SECRETA
SE ESPALHOU NA CIDADE
VENTOS SOPRARAM-NA PARA TODOS OS LADOS
EM POUCO TEMPO NEM ERA NOVIDADE
QUE MEUS SEGREDOS ESTAVAM GUARDADOS POR AÍ
NAS MÃOS DE QUEM OS USUARIA
PARA ARREMESSÁ-LOS CONTRA MIM

EU AQUI TRANCADA EM CASA
ESPERANDO A TEMPESTADE PASSAR
CADA POÇA SOBRE MIM SECAR
ME PROTEGENDO DOS QUE VIESSEM A ATACAR
PORÉM LOGO CHEGOU O DIA
ONDE CADA UM QUE TINHA
UMA AMOSTRA DOS MEUS SEGREDOS
RESOLVEU BATER À MINHA PORTA

SAÍ E OBSERVEI OS OLHARES DE REVOLTA
E FECHEI MEUS OLHOS
FUI ATINGIDA E MACHUCADA PELOS MEUS PRÓPRIOS SEGREDOS
QUE VOAVAM DAS MÃOS DELES
DIANTE DO ATAQUE QUE PROVOQUEI
PODIA TUDO MENOS FUGIR
SEGREDOS QUE EU MESMA CRIEI
AGORA SE VOLTAVAM CONTRA MIM

*moral da história: nunca confie em ninguém, pois quem no fim quem vai acabar machucado será você.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

memórias

Que maravilha seria se eu pudesse pegar todas as memórias ruins que não desejasse mais em minha vida, abraçá-las, e jogá-las em algum lugar distante para serem esquecidas. Lamento por memórias não serem objetos dos quais podemos nos desfazer. Lamento não serem pessoas para pegá-las pelo pescoço e sufocá-las até desfalecerem e não existirem mais, não terem forças para gritar sobre o que já passou.
Memórias boas ou ruins são como soldados atrás de nós. Porém general algum dará uma ordem para que esses soldados vão embora. E eles vêm marchando, seguindo cada passo nosso. Basta apenas olharmos para trás que todas as lembranças pelas quais já vivemos estarão ali, pronta para nos fazerem sentir tudo de novo, seja essa lembrança boa ou ruim. Talvez algumas ruins vão perdendo sua força com o tempo, e vão ficando para trás, sendo mais difícil que nosso olhar chegue até elas, mas elas estão ali.
O que passou, passou, ficou para trás. Mas nos seguirá eternamente. Cabe a nós o quanto de vezes nos importaremos com o que está nas nossas costas, e assim determinaremos o quanto sofreremos ou não.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Somos Humanos

Nós sentimos, amamos, odiamos, nos frustramos. Amamos outra vez. Amamos por várias e efêmeras vezes. Aprendemos a sonhar, aprendemos que o impossível só é possível para os que não apenas sonham, mas agem. Erramos. Acertamos. Erramos infinitas vezes. Erramos duas vezes o mesmo erro. Acertamos. Confiamos em alguém, nos decepcionamos.Voltamos a confiar.

Nós quebramos a cara, sofremos, e nos revoltamos. Revoltamo-nos por uma noite, dizemos e fazemos coisas erradas. Ou pelo menos planejamos fazê-las. Depois nos arrependemos e voltamos a ser como éramos antes.

Choramos, sorrimos. Alguns mais choram do que sorriem. Outros choram e sorriem ao mesmo tempo. Estamos sempre enfrentando problemas, e apenas os mais fortes conseguem ultrapassá-los. Há quem caia. Caimos e nos levantamos.

E seguimos em frente. Amando ou não, acertando ou não. Seguimos em frente. Alguns param e apertam o botão “desistir”. Outros vão até o final e conseguem sua recompensa. Mas tudo isso acontece por um só motivo, porque somos humanos.

Então se você alguns dia se decepcionar, errar, cair, se revoltar, não se sinta diferente de ninguém. Todos nós já passamos ou pelo menos passaremos por momentos assim… somos apenas seres humanos aprendendo a encarar as armadilhas da vida. Apenas. Tudo isso!

sábado, 6 de novembro de 2010

Música Sem Título - 4

como eu queria decifrar seu olhar
quando observa pela janela a chuva cair
queria saber o que está a pensar
se tem em mente algum outro caminho a seguir

e eu aqui, tão perto mas tão distante
nesse humor inconstante

premeditando todos meus movimentos
senão já teria ido ao seu encontro
correria pra te abraçar
quando sentisse medo

sem deixar meu orgulho controlar
o que faço ou o que escondo


se bem que eu não precisava saber o que pensas
poderia apenas ser normal como qualquer outra
entre essa e todas as outras desavenças
percebo que qualquer qualidade minha é pouca

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

tudo como antes

As coisas estão parecendo voltar ao normal. Depois de passar por todo tipo de desastre natural (ou não) e enfrentar guerras, a cidade está voltando a se reeguer. Um sol de raios esperançosos está cada vez mais tomando o lugar das nuvens pesadas que insistiam em pairar por aqui.

Muito foi levado, território devastado. Só sobreviveram as construções que tinham um bom alicerce. A população local ainda está se recuperando do choque, mas o pior já passou. Bom saber que mesmo aparentemente toda destruída, ainda existiam pessoas que ainda viam algo vivo nela, e perderam seu tempo escavando, procurando por qualquer sinal de vida ali.

Agora a cidade tem o apoio de potências indispensáveis. A cidade vai se reerguer diante dos olhos de todos que ousaram dizer que não adiantava procurar, que não havia chances de ter sinal de vida lá. Pois que quebrem a cara. Essa cidade sou eu.

E foi assim que matamos o amor

De esforços vãos já estamos cheios
Esperanças se vão, persistem os erros
Até onde deixamos as diferenças sobressaírem
aos sentimentos, não era intenção que sumissem
Hoje estamos cegos de raiva
Saturados por causa dessa farsa

Quando fingimos não ver
Guardamos a sete chaves o que de nobre
ainda sentíamos
Como se fosse resolver...
E juntos caímos
no abismo de indiferença que nós mesmos criamos

O orgulho preso na nossa garganta
Guardou as palavras que nos salvariam
Enquanto bombas de ódio explodiam
Essa guerra onde ambos perdiam
Como se lutássemos contra o amor
o matamos em meio a tanta dor