quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Um causo universitário


  • Ele me ensinou a ter uma alimentação mais saudável. Comer tomate, feijão, frutas? Proeza que minha mãe não conseguiu em dezoito anos.
  • Ele me permitiu desenvolver uma visão mais estratégica. As partidas de truco pós-RU, de segunda a sexta, nunca serão esquecidas.
  • Ele me fez entender o sentido de "ecologicamente sustentável". Trazer seu próprio copo de casa para o RU, além e contribuir com o futuro do planeta dispensando o copinho plástico, dava pra pegar mais suco.
  • Ele atenuou a minha procrastinação diária. Parei de enrolar depois das aulas para ir correndo para a fila do RU.
  • Ele me aproximou dos meus amigos. Me mostrou quem era camarada para deixar cortar fila e para guardar lugar na mesa da turma.
  • Ele contribuiu com as minhas finanças. Economizando nas refeições, sobrava dinheiro até para o xerox.
  • Ele me propiciou um maior entendimento das minhas vontades e preferências. Descobri que almôndega não rolava, e que strogonoff de frango devia ser valorizado.

É, Restaurante Universitário (RU para os íntimos)... a vida sem você é um tanto mais $algada e um tanto mais triste.
#voltaRU

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Será?

Quão errado é o arrepio que tu me causas?
Tão errado que devia ser ilegal
Tu nem olhas, mas tu roubas minha pose
Por te querer tu "tá" é me fazendo mal

Eu sei teu nome, sobrenome e terra natal
Sei tanta coisa mas não sei se tu és legal

Dizem que teus olhos são da cor do mar
Mas nunca pude de fato verificar
Fujo do contato direto com teu olhar
Tenho medo do estrago que pode me causar

Queria saber o que tu estás a pensar
Mas se gasto minhas forças só em te admirar
Pois se algum dia tu me notar
Faz um favor e me chama pra conversar?

Coração

Coração que ainda pula ao ver teu nome
E vem batendo em câmera lenta
Bate lento, bate fraco até parar
Parar por lamentar-te

O coração é bobo, não te deixa escapar
Minha última novidade quer te contar
Coração chora quando quer te chamar
Pois coração não tem mais voz pra te gritar

Ele que tanto de ti combate
Quando a memória não faz falhar, o coração:
Me castigue, me sufoque, até me mate
Mas não me deixe te amar n'outra ilusão