segunda-feira, 10 de março de 2014

Eis que me pego presa na corrida

Eis que me pego presa na corrida
Corre aqui comigo a dor da partida
Peso de um lamentar que nunca finda
Corro, porém estou aqui ainda

E se ajoelho oro só por orar
Dou de ombros, vejo o mundo passar
Daqui vejo minha terra se afastar
Corro, perco o trem, quem vai me levar?

De longe o horizonte a se fechar
Cessa também o brilho do olhar
As orações se esvaem, os céus caem

As estrelas do céu não mais me atraem
Corro pra ir mais rápido que o tempo
Tempo de dias nublados, dias cinzentos

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