sábado, 2 de outubro de 2010

outro post sobre chorar 'o'

Post nostalgia, dedicado aos bons e velhos tempos de quando eu postava no meu blog rock na veia:
Há tempos que eu precisava comentar sobre o quanto me identifico com uma música do CD “Chiaroscuro” da Pitty (esse que muitos pseudo-fãs julgaram por explorar o experimentalismo e não se parecer com trabalhos anteriores, aquele rock visceral que muitos haviam se acostumado). É a faixa 04 – Água Contida. Aliás aposto meu dedinho que muitas pessoas dramáticas assim como eu, ao ouvirem a música terão identificação imediata. Isso devido à narração de um fato comum às pessoas que é chorar, mas que se tornou uma bela (e que bela!) música com letra e arranjos bem montados.

APERTE O PLAY E CONTINUE LENDO

A música tem a participação especial de Hique Gomez, do grupo Tangos e Tragédias, tocando violino, que é facilmente percebido logo no início da música. Nada melhor do que a própria Pitty para discorrer sobre sua própria obra-de-arte. Segue um trecho retirado de uma entrevista do site Rock em Geral:

REG: De onde saiu essa “Água Contida”?

Pitty: Da minha perplexidade comigo mesma por ser tão manteiga derretida, e de me achar muitas vezes patética por isso. A letra descreve a cena. Numa dessas vezes me olhei no espelho e essa cara estava lá: o olho vermelho e inchado, o rímel borrado, o nariz escorrendo. “Que saco”, pensei, “por que eu fico assim, me doendo com as coisas desse jeito?” Resolvi tirar sarro disso ao mesmo tempo em que assumia minha porção “drama queen”. E entendi que acontece por juntar coisas demais, conter essa água demais, e quando ela transborda é uma enchente. (...) “Você pode não entender se às vezes fico pelos cantos…” Esse “você” é na verdade essa parte de mim que me cobra, é a minha professora cruel de dedo em riste, é a ditadora, a disciplinadora. E o eu lírico nesse caso explica para ela que essa é a forma que encontrei de expurgar certas coisas e que tudo bem ser assim se me faz bem no final. O instrumental veio de uma ária de “Carmen de Bizet”, a Habanera. Adoro aquele começo e queria compor um riff que remetesse a ele. E ele me lembrou tango, que é algo dramático e que casava com o contexto da letra. Imediatamente pensei num violino e numa levada de bateria que levasse a isso. Fui encaixando as peças dessa forma, e deixei o refrão mais rock, com frases longas e gritadas, porque é a hora em que a tal água contida deságua, é a hora do desabafo.

Bom, espero que vocês tenham apreciado a música, deixem sua opinião e não deixem de ouvir o CD todo!

2 comentários:

Eh O Inferno disse...

nem to cm caixa de som aqui, =/
nem rola de clicar no play aeheouiea

Natália disse...

Verdade.. li todos os livros da saga, mas de filme, só vi Crepúsculo auhauha. Cansei da modinha.. irrita quem realmente gostou! :/
Tb pensei em fazer isso, mas nao consigo.. é de mim ler o livro e depois me decepcionar.. rotina! uahuaha